Todos os números relacionados com o e-commerce são superlativos. De acordo com o governo dos Estados Unidos, 53% dos usuários de internet no mundo compraram alguma mercadoria através de sites online em 2016. Isso significa que 1 bilhão de pessoas estão atentas não apenas à praticidade em comprar online mas também às condições da logística para e-commerce.
Este é um ponto vital para que uma empresa que atua com e-commerce consiga fazer uma boa gestão de custos e encantar os seus clientes. De acordo com uma pesquisa feita pela Econsultancy Multichannel Retail, 50% dos consumidores desistem de uma compra online quando não encontram uma opção de entrega satisfatória – seja pelo preço sugerido para o frete, seja pelo prazo estimado para que ele receba o produto.
Quem encontra parceiros que fazem logística para e-commerce utilizando tecnologia e processos eficientes que permitem a ampliação das opções de entrega aumenta as chances de sucesso neste mercado altamente competitivo. Segundo a consultoria especializada eMarketer, o e-commerce deve movimentar US$ 2,35 trilhões no mundo em 2017 – um crescimento de 22,9% em relação ao faturamento de 2016.
Entre os principais mercados de e-commerce no mundo, o Brasil ocupa a 10ª posição segundo um ranking apresentado pelo especialista Ravi Bhatia no site Business.com. Único país da América Latina na lista, o Brasil movimentou US$ 19 bilhões em 2016, crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Estes e outros números do mercado mostram o crescimento sustentável do e-commerce e como há bastante espaço ainda para ele ampliar a participação nas vendas – no Brasil o e-commerce representa apenas 2,8% do total do varejo.
O papel vital da logística para e-commerce
Impulsionado pelo crescimento de dois dígitos registrado pelas vendas online globais nos últimos anos, o segmento de logística para e-commerce também vive uma grande expansão. Segundo o mais recente relatório da consultoria Transparecy Market Research, o mercado de logística para e-commerce deve saltar dos US$ 122,2 bilhões registrados em 2014 para o patamar de US$ 781 bilhões em 2024.
Esse crescimento de pouco mais de cinco vezes em uma década significa, na prática, um faturamento 20,6% superior por ano até 2024. Ainda que o meio predominante para as entregas dos produtos do e-commerce ainda seja o modal rodoviário, existem mercadorias que são transportadas pelos modais aéreo (entregas expressas e com veículos não-tripulados), de frete sobre trilhos (mais raro, utilizado para alguns tipos de mercadoria e em países com uma malha ferroviária bem desenvolvida) e marítimo (transporte mais comum no e-commerce intercontinental).
Com infraestrutura muito diferente conforme o país, o transporte rodoviário pode ser uma solução cara e demorada dependendo do trecho que envolve o ponto de saída e o de entrega do produto. Por isso cada vez mais empresas que atuam com logística para e-commerce estão testando outras soluções que possam tanto reduzir custos dos varejistas e de seus parceiros como melhorar a experiência do usuário que fez a compra no varejo online.
Tendências de entrega segundo os consumidores
Quanto mais os consumidores se acostumam a procurar produtos e fazer compras online, especialmente utilizando dispositivos móveis, mais eles exigem qualidade e facilidade na navegação pelas lojas virtuais e no serviço de entrega dos produtos.
Uma pesquisa feita pela Econsultancy Multichannel Retail em 2013 revelou que os consumidores estão demandando cada vez mais opções flexíveis de entrega ao mesmo tempo que os varejistas estão procurando formas de aumentar a conversão de seus sites.
Como aconteceu em outros países, o consumidor brasileiro se acostumou, nos primeiros anos do e-commerce, a pagar frete grátis ao adquirir os seus produtos online. Mas a 37ª edição da tradicional pesquisa Webshoppers feita pela Ebit e lançada em 2017 demonstrou como esta prática segue em trajetória descendente no país.
Enquanto que no primeiro trimestre de 2015 43% das lojas de e-commerce brasileiras ofereciam frete grátis, no último trimestre de 2016 este percentual tinha caído para 36%. O prazo médio de entrega das mercadorias, por sua vez, permaneceu quase o mesmo no período, passando de 9,4 dias para 9,1 dias na mesma base de comparação. Uma métrica que piorou foi a de atrasos na entrega, que saiu de 7,5% do total para 8,5%.
Este números ajudam a explicar a realidade desafiadora do Brasil em relação à logística para e-commerce. Mas pesquisas feitas em mercados amadurecidos, como os Estados Unidos, facilitam a projeção do nível de exigência que os consumidores brasileiros poderão chegar em breve.
Uma pesquisa da Econsultancy Multichannel Retail feita em 2013 e que projetava tendências para o e-commerce nos próximos anos revelou que fatores são mais importantes para o consumidor se sentir satisfeito em uma compra online.
Vale conferir estes pontos críticos e avaliar em quais deles é possível investir em seu negócio:
– 31% disse que gostaria de ter uma data fixa para a entrega
– 24% respondeu que gostaria de ter a possibilidade de retirar a mercadoria em lojas locais
– 24% afirmou que gostaria de receber o produto no dia seguinte ao da compra
– 13% disse que gostaria de ter duas opções de horário de entrega
– 8% afirmou que gostaria de ter a opção de receber o produto no mesmo dia
Procurando atender a parte destas demandas, algumas empresas com forte atuação no mercado global, como a Amazon e a DHL, estão adotando algumas práticas inovadoras em relação a logística para e-commerce. Destaque para as entregas feitas por Vants (veículos aéreos não-tripulados) e para a possibilidade do consumidor escolher locais alternativos para a retirada da mercadoria – como pontos de grande movimentação de pessoas e que ficam no trajeto diário do cliente, como prédios comerciais e shoppings.